sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Reunir-se-ão

Ela sai sem ter entrado... é uma ilusioniosta.
A valsa acaba sem um par ter dançado... é pior do que o regime stalinista.
Mas que coisa é essa? "What the hell!" diriam os telespectadores.
Porque agora tudo o que a gente faz é pra inventar dissabores.
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Novamente, uma valsa destroçada. Quanta repetição.
Risos e confidências são trocados, mas tudo acaba como em uma Revolução.
A mais idosa se levanta: -Cansei dessa vida bastarda!
A mais nova teoriza: -Não faça isso,senão pode ser metralhada!
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Todos olham atônitos para aquela nova expressão.
Ato não-autorizado dessa sociabilidade sem razão.
Um viva ao aniversariante! O bolo vem em seguida.
Falam, emocionados, de como surgiu essa vida.
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Rápido comem. Novamente o medo da fome.
Acabou-se a guerra, mas ficou-se o hôme.
Aquele do uniforme, ditando a hora
Em que todos os parentes, esgotados, devem ir já embora.
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As palavras flutuam. Batem no craniano.
O televisor dilui tudo aquilo que era pra ser humano.
A senhora reflete: -Não deveria ter me entregado.
A mais nova blasfema: -Família é mesmo um condimento estragado!

Ex(Mérito)

Hasteia a bandeira,
Que somos irmãos.
Não faça bobeira,
Senão o ditador corta as nossas mãos.
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Eu não acredito mais:
Fui exposta a uma nova perspectiva.
Mas não vou me render, jamais!
Afinal a vida é movida por expectativa...
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Hasteia a bandeira
E finjimos amá-lo.
Deixa de bobeira,
Nunca temos certeza, já pensamos até em encurralá-lo!
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A haste é a mesma, o símbolo não...
Não tenho certeza, mas esta é a nossa Nação!
Defendo e luto, mas fico confusa...
De luto, reluto. Se não amar-te fico reclusa.

Victório Sarkis

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