Mateus sentia o frio da manhã
Todos os dias, enquanto comia a sua verde maçã.
Ele era alto e gelado
Decerto, o seu crescimento fora descontrolado.
A questão era que Mateus odiava existir
Por quê ele sempre tinha que sorrir?
Então, um certo dia Mateus decidiu
Arrumaria a sua mochila e partiria do Brasil.
Mas lembrou-se de sua mãe
O que seria dela? Ele amava tanto mamãe!
Uma carta escreveu com uma explicação
Disse: "Mãe, eu te amo, mas a vida aqui não tem razão".
A mãe chorou e adoeceu
Enfim percebera que a sua criança cresceu.
Para a Itália Mateus partiu
Levou uma mochila, pouco dinheiro e o seu eu-medroso que um dia existiu.
Alegrou-se por não ter que existir
Ah, como era doce o seu silencioso elixir.
Deu vida aos olhos e explosão aos sentidos
Era o gosto de se exibir perante os desconhecidos.
Enfim entendeu a razão de viver
A vida nada mais era do que deixar acontecer.
Mateus escreveu: "Minha mãe querida,
Explorar novos lugares e fazer a própria comida
Pode parecer trabalhoso, mas ensinaste-me bem
Que é mais venturoso aquele que vai além.
Daqui vou prosseguir até a minha força estar esgotada
Um beijo e não me espere acordada".
Nenhum comentário:
Postar um comentário