sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O Átomo

Dê e Lê bolaram tudo juntos.

Platão e Ari assim se revoltaram.

A Química atrasou-se apenas 2000 anos.

E um perfumadinho lembrou-se do átomo.
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Dalton, que gênio! fez uma teoria.

Thomson, guloso, transformou-a em comida.

Rutherford, grande Rutherford! O núcleo encontrou quando co’a radiação brincou.
E Chad... o nêutron isolou.

O modelo atômico clássico então se confirmou.

O elétron era magrinho, mesmo assim amava o próton. O nêutron não gostou e logo o orbitou.

Bohr em estudos se baseou e nas camadas se aventurou.

Até que enfim essa rima acabou... e então uma nova se iniciou!
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Bro precebe a propriedade do elétron e a da onda e então formula... o Princípio da Dualidade!

Mais dois cientistas surgem, mas um era deveras incerto e o outro mais ainda complexo.

Apesar de todo o esforço de todo cientista meio louco, o átomo continua sendo o mistério da humanidade e apenas uma partícula falaria a verdade... Nem a de Zeus, apenas a Partícula de Deus!

Permanência Falada

Tenho tanto pra dizer que não digo.
Dizer pouco é pior que ser vivo.
Viver mata e dizer é o abrigo
Das promessas do falsário ativo.

Quer ir embora daqui?
Pergunta com o hirsuto cabelo esvoaçante.
Não, minha sina é aqui,
Respondo com uma certeza inconstante.

Volto a tentar falar e me queimo.
A ardência lateja e afronta.
Tento me expressar, mas termino ermo.
A mesmice enlouquece e amedronta.

E agora, quer ir embora?
Não... meu passado é meu destino.
Minha dor é minha hora.
A persistência... meu desatino.

sábado, 16 de outubro de 2010

Declaro Brasil (Poesia Musical)

A vida, o que é a vida?
Apenas uma corrida, uma corrida.

A vida, o que é a vida?
Mais uma despedida, uma despedida.

Me diga, me diga Frida.
Mas me diga, me diga lá.
Como fizeste para ser... a menina que não soy cá?

Mendiga, mendiga Pedro,
Pois uma pedra no caminho há.

Não pare, não pare nunca,
Pois aqui sou um marajá.

Brasil, meu brasileiro.
Troquei meu rock'n roll por um pandeiro.

Política hoje vivi,
Porque o melhor guardei pra ti.

Surpresa, surpresa, surpresa
Madalena ganhou na dezena!
Vam'bora, vam'bora, vam'bora
Comprar bota e ir pra Pirapora.
Que agora, que agora, que agora
É que eu preciso da minha viola!

Já sabe, já sabe, já sabe meu país.
Se ganhar algo de ti...ou se não
Mesmo por aqui eu ficarei,
Porque te gosto e minha paz é saber: que teu futuro promoverei!

Rezar é uma Boa Ação

Alguém me disse que viu uma estrela:
Era Planeta não era Cadente.
Esta pessoa era desse planeta;
Não via Cristo mas se dizia boa crente.

Quem é que faz esse mundo ser nosso?
Quem é que diz amém ao irmão?
Não sei bem se agradeço o pão vosso
Ou se devoro essa ceia, sem paixão.

Quando é que devo rezar o pai nosso?
É na desgraça ou na desilusão?
Agradeço sempre que posso,
Mas na alegria tenho maior inspiração.

Então já era, o dia inglório
Do Tarantino e da nossa missão.
É isso aí, minha beleza, meu simplório...
Não basta apenas rezar pelo nosso pão!

Permissividade

Me permita, Deus, que eu tenha a tristeza,
Pois é dela que tiro toda a minha pureza.
Também despense-me o inusitado,
Que é tão fresco, renovante e misteriosamente solitário.

Desculpe se incomodo o senhor com minha destreza,
Mas é que só assim posso preservar a minha beleza.

Ouvi, certa vez, que julgaram pessoas de loucas por não ouvirem a música que elas dançavam.
Devia ser Nietzsche, não sei, mas creio que aquelas pessoas não se amavam.

Me permita, meu Deus, que eu tenha a liberdade,
Pois é dela que tiro toda a minha vontade.
Me perdoe, Deus meu, se desperdiçar o meu tempo...
Mas é que a vida passa como o vento!

O Homem

O homem desfila sorridente em seu automóvel financiado
Mal sabe que há vida desenvolvendo-se em um planeta próximo ao meu.
Aquele homem gosta de hablar em seu celular pirateado
Abdica de seus pensamentos como à religião um ateu.

Sinto uma explosão por ele
A explosão é assim: piedade, ódio, descrença.
Um furacão aparece no televisor dele
Os jornalistas culpam o aquecimento global e o homem ri do velho fenômeno de sua nascença.

"Procura algum livro específico, senhor?"
O homem não lê... a vida é feita para comer.
"Muito obrigado, volte sempre senhor"
O homem ignora a lealdade... a vida é feita para se desconhecer.

O televisor afirma que o Brasil constituirá uma potência econômica global
O homem se engasga com seu próprio falecimento.
"No dia em que esse país for alguma coisa, eu morro... promessa de cidadão nacional!"
Afinal o homem não era de todo ruim... fez da morte o seu cumprimento!

Analogamente?

A palavra perdeu-se nela...
Exasperou-se em júbilo,
Ao pensar que a rima furtava seu pensamento por uma janela.
Mas que frustração, pior que ter e mimar um tal pupilo!

Acelerou os seus afazeres por sentir que à poesia necessitava egurgitar.
Promoveu os objetos necessários para ir à quarta dimensão.
Só não esperava que seu estômago pudesse se manifestar:
Faminto e enrugado, acabou consumindo toda a poética para acalmar a sua inquietação.

O estilo vêm do estômago, ora!
A letra é forte, pra quem não tem gastrite!
A escrita não vêm do coração porque ele demora...
Sente, é descente!até não haver mais apetite!

Postular é criticamente escrevido.
Posto que a escrita é crescida no centro
E a ação faz-se na periferia do desabrigo...
Resta ao povo,intermédio desse átomo, filosofar... acerca de uma sociedade sem um consenso!

Victório Sarkis

He was kind, he was generous, A truly gentleman. He was my man, he was gorgeous, A real trust man. Great adventures we had toget...