Novos poetas nasceram.
Poetas do novo milênio.
Poetas que sujos cresceram
Com o fim da ditadura do boêmio.
Os choques elétricos feriram
A minha sanidade mental.
As agressões puniram
O meu corpo nu e brutal.
Uma nação nasceu
De poetas mortos e tolos.
Uma esperança floresceu
Na mente daqueles corações ocos.
Eu sou apenas o fruto
Da luta daqueles filósofos.
Eu sou apenas o luto
Por eles que, juntos, filósofos,
Me deram o poder da liberdade
Para amar-te ou matar-te,
Mas eu perdi a vontade:
Não vou matar-te só amar-te.
Hoje sou apenas o fruto
Do capitalismo autoritário.
Não perco, nem luto:
Faço apenas parte da sociedade, sou um otário.
Sou a pachorra que mata,
Mas luto pelo errado.
Apenas concordo com a nata:
Que joga meus princípios pelo ralo.
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