quinta-feira, 22 de julho de 2010

Descrença

Tantos números, tantas verdades
E eu sempre me preocupei em desvendar as precariedades!
Por que é que a vida tem que ser assim?
Um átomo, um orbital e a morte no fim?

Um complexo tridentado, uma molécula octaédrica.
A letra: a verdade. O número: a dica!
Por meio dele não se chega a lugar algum!
Por meio dele eu vanglorio o nenhum!

Meu livro amado, por que é que tens que ser tão distante?
Minha escrita adorada, por que é que não pode ser só amante?
Química, és ainda tão criança...
Percorrer por ti é abalar toda uma crença.

Por que é que tudo tem que ser assim?
Por que é que a vida termina no fim,
Se é na experiência que eu fortaleço a minha ideia
E é na descrença que eu refaço a minha estreia?

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