sábado, 15 de maio de 2010

Cega e Bonita

Vendem sua alma por um prestígio social
Apunhalam os amigos por um motivo banal
A elite, cega e bonita, abraça
O mulato que se queima na brasa
Sob os olhares dos burgueses
E para a alegria dos fregueses.

Cega e bonita, a sociedade caminha
Desprezando os mortais que ilumina
O vinho e a água são infinitos!
E padecem nas mãos dos desperdícios.
Afinal, quem com o descalço se importa?
Se ele não tem botas, só chacota...

A elite que evolua!
Pois, em termos de finura
O mulato ganha pela sua falta de brancura.
A água pura que dilua!
Os pensamentos embebidos pela rua
Numa noite tétrica sem lua.

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Victório Sarkis

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